en-What’s Next? Be Ready! O que as marcas podem esperar de mudanças de comportamentos até ao final do ano 2020
A pandemia despoletou uma profunda recessão económica em Portugal e no Mundo, o que faz com que os gestores sejam confrontados com decisões estratégicas difíceis. Como é que se espera que a pandemia afete o rendimento e emprego dos portugueses e quais são as perspetivas de consumo até ao final do ano de 2020? Como são as novas formas de comprar? Estas novas formas de comprar vieram para ficar? Estas e outras perguntas foram respondidas pelo estudo da Boutique Research: "Covid 19: What's Next? - Vaga 2".
Para os Portugueses a principal consequência da pandemia é neste momento a recessão económica e o desemprego, que tem já um impacto real na redução do rendimento total dos agregados familiares.
No atual contexto, as necessidades e hábitos mudaram: os Portugueses deixaram de estar tão preocupados com o ambiente, passaram a adotar novos comportamentos de compra em supermercados, a ter uma alimentação mais saudável e adiar as compras de grande valor, como por exemplo de novos automóveis.
"Não há grandes dúvidas que a pandemia Covid 19 veio alterar as nossas vidas de forma significativa. Apesar de já termos iniciado aquilo que se pode chamar uma vida semi-normal (novo normal), com uma volta aos espaços públicos e ao convívio, existe ainda medo e uma certa desconfiança. Não nos conseguimos sentir confortáveis como sentíamos antes e isso impacta toda a nossa forma de agir e de comprar, por exemplo evitando ir às compras em família ou passear nos Centros Comerciais. A este medo junta-se uma incerteza em relação ao futuro, provocada não só pela pandemia em si mas também pela recessão económica que está já a afetar bastantes lares. Há uma monitorização maior dos gastos, mais atenção aos preços, todos os nossos comportamentos acabam por ser mais controlados. " refere Sofia Abecasis, sócia fundadora da empresa Boutique Research.
#1 AGORA
Apenas 8% dos Portugueses considera que a pandemia não vai mudar nada as nossas vidas.
Além do impacto na saúde, 36% dos Portugueses consideram que a maior consequência da pandemia é a recessão económica e 25% considera que é o aumento do desemprego. 62% dos Portugueses afirmam que a pandemia já teve algum impacto negativo no rendimento ou no seu emprego.
Os Portugueses consideram que a pandemia tem sido muito bem gerida sobretudo pelos profissionais de saúde, seguindo-se a comunidade científica e a polícia/ forças de segurança, sendo mais penalizada a gestão por parte das marcas e da população.
#2 RECUPERAÇÃO ECONÓMICA ATÉ AO FINAL DO ANO
78% ainda evita ir acompanhado/ levar a família a algum sítio.
Os espaços com maior taxa de recuperação de visitas (costumava ir e já foi desde o inicio da pandemia) são os espaços ao ar livre, o comércio tradicional, restaurantes/ cafés e centros comerciais. Por outro lado, a maioria (>60% dos Portugueses) ainda não foi a Hotéis, Cinema e Teatro e Viajar de avião mas costumava ir antes da pandemia.
Há ainda uma forte resistência a ir a festivais e concertos, cinemas e teatros e viajar de avião.
A experiência de frequentar espaços ao ar livre, hotéis e ginásios tem sido positiva: são os locais onde os Portugueses se sentiram mais confortáveis. A experiência em restaurantes e cafés sem esplanada e centros comerciais tem sido menos positiva. "Estes espaços têm que ganhar a confiança dos consumidores, principalmente agora que chega o Outono e não será tão fácil almoçar ou jantar numa esplanada", refere Sofia Abecasis.
Consequência de algum receio de frequentar locais públicos e de novos hábitos adquiridos no confinamento, até ao final do ano, 39% irá tomar café em casa mais do que antes da pandemia.
#3 COMO É QUE A PANDEMIA MUDOU A ALIMENTAÇÃO DOS PORTUGUESES
O aumento do número de refeições em casa fez com que 32% dos portugueses considerassem que a sua alimentação se tornou mais saudável durante a pandemia, incluindo mais fruta / legumes / vegetais nas suas refeições.
