en-TIPOS DE SAL EXISTENTES

26/09/2021

O sal está presente na Terra desde a formação do planeta, no meio salino que surgiram os primeiros seres unicelulares, desempenhando um importante papel na evolução dos seres vivos e na história da humanidade. Os registros do uso do sal pelos homens remontam há cinco mil anos e já era usado na Babilônia, no Egito, na China e em civilizações pré-colombianas, principalmente como moeda, como forma de conservar alimentos e para lavar, tingir e amaciar o couro. Devido à sua escassez e importância, o sal chegou a ter o valor equivalente ao ouro, e foi o pivô de guerras e disputas - só para se ter uma ideia, as primeiras estradas construídas tinham como objetivo transportar o sal. Hoje, devido ao avanço da tecnologia e à produção em larga escala, o sal está ao alcance de todos.

O sal pode ser classificado de acordo com a sua composição e processamento (comum, refinado e marinho) e as características dos grãos (grosso, peneirado, triturado e moído), cada qual com suas especificações definidas pela legislação

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O sal é uma substância vital para os seres humanos; o nosso corpo possui sais que são regulados pelos rins e pela transpiração. O sódio está envolvido na contração muscular, incluindo os batimentos cardíacos, nos impulsos nervosos e na ingestão de proteínas. O cloro (cloreto) preserva o balanço das bases ácidas do corpo, auxilia na absorção de potássio, é a base do acido estomacal e ajuda no transporte dos dióxidos de carbono das células até os pulmões, onde são liberados. Porém, o uso excessivo pode trazer serias consequências ao organismo.

As variedades de sal disponíveis para o preparo de alimentos podem ser impressionantes, mas todas elas se enquadram em quatro tipos básicos:

Sal de cozinha, sal marinho, sal kosher e sal de rocha. Os primeiros três tipos são sais para fins alimentícios e a Food and Drug Administration (FDA), agência reguladora de alimentos nos EUA, exige que eles contenham pelo menos 97,5% de cloreto de sódio. Os outros 2,5% são microminerais, compostos químicos gerados pelo processamento ou antiaglutinantes.

Tipos de sal 

Sal hipossódico ou light (197 mg de sódio/1 g de sal)

O sal hipossódico, é elaborado a partir da mistura de cloreto de sódio com outros sais, de modo que a mistura final mantenha poder salgante semelhante ao do sal de mesa, fornecendo, no máximo, 50% do teor de sódio na mesma quantidade de cloreto de sódio". Geralmente é indicado para pessoas que têm restrição ao consumo de sódio. Entretanto, indivíduos com doenças renais não devem utilizá-lo, pois o aumento da ingestão de potássio pode causar um acúmulo do mineral no organismo, elevando o risco de complicações cardiovasculares. O sal hipossódico deve se consumido com a orientação de um médico ou nutricionista.

Flor de sal (450 mg de sódio/1 g de sal)

A flor de sal contém 10% mais sódio do que o sal refinado. Na elaboração são utilizados apenas os cristais retirados manualmente da camada superficial das salinas onde se formam os grãos translúcidos. Possui um sabor mais intenso e textura crocante, sendo indicado acrescentar após a preparação do alimento.

Sal negro (380 mg de sódio/1 g de sal)

O sal negro também conhecido como Kala Namak, é obtido na região central da Índia em reservas naturais, geralmente tem uma cor escura cinza-rosada. O tipo indiano contém compostos sulfúricos, ferro e outros micro minerais e possui um sabor sulfúrico forte. Outro fator que chama a atenção é a cor cinza rosada, que evidencia a sua origem vulcânica. Além de compostos sulfurosos, o sal negro é formado por cloreto de sódio, cloreto de potássio e ferro. O sal negro obtido no Havaí é mais escuro e contém traços de carvão vegetal e lava.

Sal de rocha

O sal de rocha é um sal grosso não refinado que geralmente contém impurezas não comestíveis. Mas tem uso na culinária. O sal, faz o gelo derreter mais rápido e a mistura de sal e água resultante congela a uma temperatura mais baixa do que se o gelo estivesse sozinho. Isso faz o sorvete congelar mais rápido. O sal de rocha também é espalhado sobre estradas e calçadas congeladas para derreter o gelo.

Sal líquido (110 mg de sódio/1 ml de sal)

O sal líquido é obtido pela dissolução de sal de altíssima pureza e sem aditivos em água mineral. Com sabor suave, o sal líquido pode ser usado em todos os alimentos, sem alterar as suas características.

Sal marinho (420 mg de sódio/1 g de sal)

O sal marinho é mais caro do que o sal de cozinha por ser raspado manualmente da superfície de lagos de evaporação. Não é tão processado, preservando os minerais. Pode ser grosso, fino ou em flocos e dependendo da região que é retirado e da composição de minerais, pode ser branco, rosa, preto, cinza ou apresentar uma combinação de cores.

Sal rosa do Himalaia (230 mg de sódio/1 g de sal)

O sal do Himalaia é encontrado aos "pés" do Himalaia na mina de Khewra, região que há milhões de anos foi banhada pelo mar. Possui mais de 80 minerais, tais como: cálcio, magnésio, potássio, cobre e ferro. Por conta disso, os cristais ganham tom rosado e sabor suave. Também são utilizados na confeção de lamparinas, que apresenta funções terapêuticas e utilizado como sal de banho.

Sal kosher

O sal kosher é o sal grosso processado em cristais menores, porém não totalmente refinado, usado para preparar carnes kosher (culinária judaica), já que remove o sangue rapidamente. O sal kosher não é iodado, alguns afirmam que isso o faz ser melhor para cozinhar: o iodo deixa o sal de cozinha com um leve gosto de metal.

Sal de bambu coreano

O sal de bambu coreano é extraído assando o sal marinho com uma lama amarela em cilindros de bambu. O sal absorve os minerais do bambu e dessa lama que por sua vez libera o sal de suas impurezas. Este processo foi descoberto por monges e médicos coreanos mais de 1000 anos atrás, na Coreia.

O sal geralmente é produzido de três formas: mineração subterrânea, mineração por solução ou evaporação solar. Sendo a mineração por solução o método utilizado para produzir a maioria dos sais de cozinha.

Textos recolhidos de: www.ecycle.com.br